O mês de setembro é marcado por ações conjuntas que valorizam a empatia, o respeito e o amor ao próximo. Todos os anos, durante a campanha do Setembro Amarelo, somos convidados a pensar e refletir sobre como nossas ações afetam o outro. Este é o momento perfeito para falar sobre um assunto muito atual: a responsabilidade social na internet.
Se atentar às campanhas de prevenção ao suicídio é um passo importante para identificar indícios de que algo não está bem com as pessoas que amamos ou que estão ao nosso redor. Sobretudo, há em nosso segmento uma pauta bem importante que queremos trazer hoje: o Cyberbullying.
Bullying são ações e comportamentos que têm o intuito de assustar, perseguir, ridicularizar ou envergonhar as vítimas. Cyberbullying é o bullying que acontece por meio da comunicação digital. As redes sociais fazem parte da rotina de muitas pessoas e teve seu uso intensificado exponencialmente durante o isolamento social. Sendo assim, a migração do bullying para a internet aumentou consideravelmente.
Para que você entenda mais sobre o cyberbullying e saiba como identifica-lo, nós preparamos este artigo para você. Nós da Weclix queremos enfatizar a importância de buscar ajuda. Se você não se sente bem em compartilhar com alguém, procure ajuda no Centro de Valorização da Vida pelo telefone 141 ou pelo e-mail atendimento@cvv.org.br.
Como identificar o Cyberbullying
Você curte “zoar” seus amigos na internet, não é verdade? E brincar com uma pessoa que temos afinidade nas mídias sociais não tem problema algum. Porém, nem sempre a pessoa que está no centro da brincadeira, está se divertindo. Você já parou para pensar nisso?
Para se ter uma ideia, o Instituo IPOS fez uma pesquisa interessante com pais e mães de 28 países sobre este tema. Entre os brasileiros, 29% relataram que seus filhos já foram vítimas de violência online, número acima da média mundial, que é de 17%. De acordo com a Unicef, o Brasil continua desde 2018, sendo o 2º país em que crianças e adolescentes sofrem bullying virtual.
Além do mais, o cyberbullying é praticado por um grupo de pessoas que encontram algo em comum para repudiar outro indivíduo. A prática é sutil, mas os efeitos na vítima são fortes.
Desse modo, se nos magoamos ou a situação incomoda mais do que diverte, é sinal de que a brincadeira foi longe demais. Se permanecer assim mesmo depois de um pedido para que parem e a sensação de mal estar só aumentar, então a ação do outro pode ser considerada bullying.
De fato, o uso da internet como uma ferramenta para disseminar a cultura do bullying atinge milhares de pessoas psicologicamente. Há muitas formas de perceber se, dentro de um contexto, há uma agressão gratuita com intuito de humilhar e ferir moralmente. Espalhar mentiras, compartilhar fotos e vídeos constrangedores de alguém nas redes sociais; enviar comentários negativos ou ameaças; criar memes pejorativos e se passar por outra pessoa e enviar mensagens maldosas aos outros. Mais recentemente, conhecemos com o chamado cancelamento. Neste tipo de bullying, quando uma pessoa faz ou diz algo errado, automaticamente um grupo de pessoas que não concordam, começa um processo de linchamento virtual que rapidamente se torna massivo, “excluindo a pessoa da sociedade”, como se ela fosse irrelevante e não merecesse uma segunda chance.
Você já prestou atenção se isso tem acontecido dentro da sua casa ou próximo ao seu círculo de amigos?
Quais os efeitos dessa agressão
Quando o bullying ocorre online, parece que você está sendo atacado por todos os lados e que não há como escapar. Os efeitos podem ser duradouros e afetam uma pessoa de muitas maneiras. Tanto emocional quanto fisicamente.
Emocionalmente, a sensação é de incapacidade de lidar de forma direta com o problema, porque a primeira impressão é de a pessoa estar sozinha, envergonhada pela exposição. E, fisicamente exausta, pois o nosso corpo é uma mistura de sensações emocionais e psicológicas. Se mentalmente não estamos bem, fisicamente também não estaremos.
Seja como for, o sentimento de serem assediadas e desmerecidas pelos outros pode impedir que as pessoas se manifestem ou tentem lidar com o problema. O cyberbullying pode sim levar ao suicídio.
Este problema pode afetar as pessoas de várias formas. Mas é possível superar e recuperar a confiança, a autoestima e a saúde. Tudo o que precisamos é sermos cuidadosos sobre o que compartilhamos e dizemos, principalmente ao mencionarmos outras pessoas. Nós precisamos ser gentis uns com os outros na internet – e também fora dela – pois nunca sabemos o que cada um está enfrentando, não é mesmo?
Rede do bem
Estar conectado tem muita coisa boa e a Weclix é a ponte que te liga a esse mundo. No entanto, é essencial reconhecer que há riscos dos quais precisamos nos proteger.
Todos nós queremos que o Cyberbullying termine, por isso é importante entender quando a brincadeira já foi longe demais. Se você acha que está sofrendo bullying, o primeiro passo é procurar ajuda de alguém em que você confie, seja família ou amigos.
Ao mesmo tempo, pense na possibilidade de bloquear e denunciar formalmente o comportamento do agressor na própria plataforma. Afinal, empresas de mídias sociais são obrigadas a manter seus usuários seguros. E essa rede de amparo vem crescendo. Além disso, colete evidências, como mensagens e capturas de tela das publicações nas mídias sociais, para provar o que está ocorrendo.
No momento em que você não for a vítima, mas conhece alguém que é: seja gentil. Ofereça-se para auxiliar, ouvir e acompanhar essa pessoa caso decida fazer a denúncia. Não basta não praticar bullying. É preciso também ajudar a combater.
Acima de tudo, utilize a internet para o bem! Só para exemplificar, nós já demos dicas de produtividade para o home office e já divulgamos as temporadas de séries mais aguardadas.
Não fazer nada pode deixar o outro com o sentimento de que ninguém se importa. As suas palavras e o seu acolhimento podem fazer a diferença. Se apesar de todas as dicas, você se sente para baixo com alguma situação ocorrida ou acha que alguém precisa de ajuda, procure ajuda profissional.