Não há dúvida de que a Internet é um recurso de grande importância que redefiniu ações e estilos de vida. Paralelo a isso, a saúde mental nas redes sociais tem sido um assunto frequente e uma grande base de estudos para médicos e pesquisadores.
É fato que a internet tem sido uma grande aliada em meio a tudo o que vem acontecendo nos últimos meses, não é verdade? Algumas das possibilidades de entretenimento e conforto que a rede nos proporciona incluem desde reunir a família e os amigos em uma sala virtual para matar a saudade, assistir as séries favoritas, jogar, até acompanhar blogs, canais e podcasts, e principalmente, para a maioria das pessoas, interagir nas redes sociais
No entanto, ao passo que a quarentena e as medidas de distanciamento social se entendem, aumenta a preocupação em torno do consumo excessivo das redes sociais.
Por que as mídias sociais influenciam tanto na saúde mental? Como utilizar a tecnologia como sua aliada? E o melhor, como respeitar os seus limites e pedir ajuda quando necessário? Vem descobrir com a gente!
Saúde mental nas redes sociais: qual o impacto?
Com o avanço tecnológico, houve mais facilidade em conectar pessoas e promover a integração global de forma rápida.
Sobretudo, as programações evoluíram para outros patamares, o acesso se tornou mais dinâmico e o contato mais instantâneo.
Lembra quando você ou seus pais escreviam cartas para enviar a uma pessoa especial que mora distante? Agora podemos ver alguém por chamada de vídeo, mandar mensagens todos os dias pelo WhatsApp e estreitar laços por meio de outras mídias.
Ou seja, a Internet trouxe às nossas vidas certos benefícios que antes do seu surgimento, não poderíamos imaginar o quão bom seria.
Por outro lado, o acesso desenfreado às redes sociais vem gerando alguns contrapontos como veremos a seguir!
Relação entre redes sociais e saúde mental
A quarentena não tem sido um período fácil, não é? Existem diversos fatores que podem nos levar a uma fragilidade maior durante este período.
Em outras palavras, tem sido o “novo normal” o aumento da ansiedade, depressão, síndrome do pânico e/ou outras psicopatologias. De fato, o medo pode ser o grande culpado para todas essas manifestações, tanto o receio da pandemia em si quanto o do contágio.
Associado ao consumo descontrolado de redes sociais, em alguns casos, a internet pode resultar em prejuízos emocionais significativos.
Esses prejuízos não se limitam somente ao gasto de um tempo que poderia ser dedicado a outras tarefas. O descuidado da saúde mental pelo uso excessivo das redes sociais pode ser um fator causador ou contribuinte de alguns problemas, como:
- Impulsividade;
- Ansiedade excessiva;
- Transtornos de humor;
- Consumo de substâncias;
- Hostilidade e comportamento agressivo;
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;
- Solidão, baixa autoestima e tendência a atitudes suicidas.
Sendo assim, a influência da relação entre redes sociais e saúde mental depende também da qualidade do conteúdo consumido e da exposição do usuário à rede.
Na maioria dos casos, o consumo desenfreado provoca impactos desgastantes que exigem terapias específicas para restabelecer o equilíbrio e o bem-estar emocional.
Procurar ajuda ou uma terapia online é um dos meios para vencer essa fase. Portanto, se você notou que não está mais dando conta e as redes sociais têm comprometido a sua saúde mental, não hesite em procurar um especialista, combinado?
Gatilho para o Cyberbullying
Nós já falamos aqui no blog sobre como identificar e evitar o Cyberbullying. Essas práticas são caracterizadas por diferentes formas de agressões virtuais que objetivam intimidar ou humilhar a vítima.
O Cyberbullying tem sido uma prática crescente e, nos últimos tempos, ganhou força nas redes sociais e, principalmente, nos aplicativos usados para troca de mensagens.
Os principais casos ocorrem quando uma pessoa — ou um grupo — começa a perseguir uma vítima sem motivo aparente ou por reações a conflitos virtuais anteriores.
Infelizmente, alguns adotam essa postura porque veem outros usuários envolvidos nisso e, também “entram na onda”.
Entre as consequências negativas do cyberbullying, as mais preocupantes são:
- Fobia social;
- Transtorno de pânico;
- Redução da autoestima;
- Prejuízos à alimentação;
- Alterações na qualidade do sono;
- Desinteresse pelas atividades físicas;
- Prejuízo aos relacionamentos interpessoais;
- Menor desempenho profissional ou acadêmico;
- Ansiedade generalizada e depressão na adolescência;
Todos nós queremos que o Cyberbullying termine, por isso é importante entender quando a brincadeira já foi longe demais.
Se você acha que está sofrendo bullying, o primeiro passo é procurar ajuda de alguém em que você confie, seja família ou amigos.
Além disso, colete evidências, como mensagens e capturas de tela das publicações nas mídias sociais, para fazer uma denúncia formalmente dentro da própria plataforma, certo?
Use a internet como a sua verdadeira aliada na quarentena
Pelo que vimos até aqui, a internet tem os seus pontos fortes, mas também, outros pontos nem tão bacanas assim.
Para melhorar a disciplina e fazer um uso saudável das redes sociais, convém observar os seguintes cuidados:
- Limitar o tempo de exposição;
- Priorizar páginas que agreguem valor;
- Filtrar a fonte e avaliar a veracidade das informações divulgadas;
- Não espalhar memes nem conteúdos de cunho preconceituoso ou imoral;
- Estimular o respeito ao próximo e não disseminar o cyberbullying;
- Monitorar os sites que as crianças e adolescentes costumam visitar.
Por mais que o isolamento social afete a saúde mental e faça as pessoas se sentirem sozinhas, saiba que todos estamos juntos. Afinal, este é um momento delicado pelo qual todos nós precisamos passar unidos até que a situação melhore.
Use as plataformas de redes sociais como parceira, seja para ter um momento de descontração ou para ajudar o próximo.
Ah, e se você não está se sentindo bem e acredita que as redes sociais têm te prejudicado de alguma forma, procure ajuda, converse com familiares e amigos para desabafar e expor como se sente. Você não está sozinho(a), estamos todos no mesmo barco navegando pela mesma rede.